segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Maçãs

Ergueu sua mão no ar e apontou com seu pequeno dedo. Maria-chiquinha. Sardas. Estrabismo leve, porém perceptível. Minha mente madura logo visualizou uma projeção futura contrária a toda Afrodite do século XXI. Dessa vez, foi a minha mão que se ergueu em direção a uma primeira página viva da Vogue de seis anos de idade. A reação do pequeno foi catastrófica. Idade não era a diferença única de nossos olhos. Transpareci um sorriso enquanto minha mente transbordava de risadas. O meio havia me deixado podre. Não podemos voltar no tempo. Nem comprar óculos para enxergar o recheio das maçãs. Viva a mente pura ao meu lado que degustava a maçã por seu sabor. Vermelha ou não...

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