Desde que nascemos buscamos a mesma coisa.
Algo desconhecido que nos falta.
Há aquelas pessoas que passam a vida inteira buscando por isso, e não encontram.
Há aquelas pessoas que encontram, e depois percebem que na verdade estavam enganadas.
Há pessoas que simplesmente não procuram, porém são encontradas.
Viver é estar em busca de algo perdido.
A questão é: O quê?
sexta-feira, 4 de março de 2011
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
New York, I Love You But You're Bringing Me Down
Não consigo esconder meu amor pela dama de mil nomes, mil caras e mil personalidades.
Não posso esconder a paixão por essa mulher de muitos amores.
Não sei negar excitação por essa prostituta suja, barata, limpa e cara.
Para os pioneiros, Nova Amsterdã. Para alguns, a cidade que nunca dorme. Para outros, a Grande Maçã. Para os quadrinhos Gotham e para os ingênuos, a capital do mundo.
Para mim, recanto de almas perdidas, morada de corações partidos, turbilhão de oportunidades, prostíbulo mental e eterna senhora das falsas alegrias.
Te amo, Senhora Liberdade.
Te amo, Senhora Consumismo.
Te amo, Senhora Sabedoria.
Te amo, Senhora Sujeira.
Te amo, Senhora Insônia.
Como te odeio, meu amor.
E estou sozinho, com o mundo ao meu lado, vendo o sol se por na ponte do Brooklyn.
Você sorri pra mim do outro lado.
E estou sozinho, com o mundo ao meu lado, fazendo compras na 5a Avenida.
Você me come e arrota.
Sozinho, durmo abraçado com o mundo no Central Park. Sinto meu sangue pulsar em Times Square. Tomo café no Soho, onde tenho as melhores conversas e me divirto em Greenwich Village, onde jovens derrotaram o mundo um dia.
Com o mundo ao meu lado, vejo os barcos. Vejo, do topo de seu prédio mais alto, seu prédio mais bonito, meu diamante favorito.
Em Wall Street sinto o chão tremer. No Metropolitan, mergulho na fantasia de vidas passadas e na imaginação de mortos.
Percorro suas veias subterrâneas com prazer, sentindo cada um de seus cantos. Os mais limpos e os mais sujos.
Me delicio com cada imperfeição de seu corpo nu.
Sinto sua pele macia. Beijo sua boca molhada. Possuo seu corpo inteiro.
E quando estou com você, tenho certeza de que estou vivo. Tenho certeza de que o mundo é real e as coisas existem.
Você me mostra o mundo tocável e insignificante em que vivemos.
Você me garante que todas as pessoas são iguais e lindamente feias.
Você me dá enorme vontade de viver.
New York, I Love You But You're Bringing Me Down.
Não posso esconder a paixão por essa mulher de muitos amores.
Não sei negar excitação por essa prostituta suja, barata, limpa e cara.
Para os pioneiros, Nova Amsterdã. Para alguns, a cidade que nunca dorme. Para outros, a Grande Maçã. Para os quadrinhos Gotham e para os ingênuos, a capital do mundo.
Para mim, recanto de almas perdidas, morada de corações partidos, turbilhão de oportunidades, prostíbulo mental e eterna senhora das falsas alegrias.
Te amo, Senhora Liberdade.
Te amo, Senhora Consumismo.
Te amo, Senhora Sabedoria.
Te amo, Senhora Sujeira.
Te amo, Senhora Insônia.
Como te odeio, meu amor.
E estou sozinho, com o mundo ao meu lado, vendo o sol se por na ponte do Brooklyn.
Você sorri pra mim do outro lado.
E estou sozinho, com o mundo ao meu lado, fazendo compras na 5a Avenida.
Você me come e arrota.
Sozinho, durmo abraçado com o mundo no Central Park. Sinto meu sangue pulsar em Times Square. Tomo café no Soho, onde tenho as melhores conversas e me divirto em Greenwich Village, onde jovens derrotaram o mundo um dia.
Com o mundo ao meu lado, vejo os barcos. Vejo, do topo de seu prédio mais alto, seu prédio mais bonito, meu diamante favorito.
Em Wall Street sinto o chão tremer. No Metropolitan, mergulho na fantasia de vidas passadas e na imaginação de mortos.
Percorro suas veias subterrâneas com prazer, sentindo cada um de seus cantos. Os mais limpos e os mais sujos.
Me delicio com cada imperfeição de seu corpo nu.
Sinto sua pele macia. Beijo sua boca molhada. Possuo seu corpo inteiro.
E quando estou com você, tenho certeza de que estou vivo. Tenho certeza de que o mundo é real e as coisas existem.
Você me mostra o mundo tocável e insignificante em que vivemos.
Você me garante que todas as pessoas são iguais e lindamente feias.
Você me dá enorme vontade de viver.
New York, I Love You But You're Bringing Me Down.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Nunca e sempre
Eu não sabia o que pensar, o que dizer. Tinha que falar algo mas não conseguia, estava em transe. Não conseguia desviar meu olhar de seus olhos. Em minha cabeça, as únicas coisas que existiam eram hipóteses sobre seus pensamentos. Puxa, você tinha que ter visto essa cena. Subitamente, ao perceber o tempo perdido, comecei a falar. Não estava dizendo coisa com coisa. Logo iria embora e todas as palavras iriam consigo. O desespero tomou conta de mim, não precisava falar mais nada. Aliás, não deveria ter aberto minha boca em momento algum. Continuei apreciando a cena e imaginando se seus pensamentos coincidiam com os da minha cabeça. Quem sabe? Iria embora e levaria consigo todos os sonhos, todos os desejos, todos os sorrisos.
Você sempre soube, não é? Sorriu, virou-se e andou em direção ao nunca mais. Durante muito tempo, fiquei ali observando até que sumisse no horizonte.
Virei, andei e sorri, pois sabia, tinha certeza de que nada havia sido em vão. Tinha certeza de que assim seria feliz, sempre.
Você sempre soube, não é? Sorriu, virou-se e andou em direção ao nunca mais. Durante muito tempo, fiquei ali observando até que sumisse no horizonte.
Virei, andei e sorri, pois sabia, tinha certeza de que nada havia sido em vão. Tinha certeza de que assim seria feliz, sempre.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Lista de Bota
Minha amiga Isabella escolheu Apenas um Sonho de Outono como um dos 5 blogs para prosseguir com Lista de Bota. Infelizmente, a maioria dos blogs que sigo já fizeram uma lista de bota, portanto perdoem-me por indicar alguns blogs novamente.
Anyways...Antes de morrer, desejo:
- Escrever, pelo menos, um bom livro.
- Escolher a profissão certa.
- Estudar música mais profundamente.
- Compor, pelo menos, uma música que preste.
- Conseguir, de alguma forma, ajudar pessoas menos favorecidas.
- Resolver um dos problemas do milênio do Instituto Clay.
- Demonstrar que Goldbach estava certo.
- Ganhar um Nobel.
- PhD em Pi. (haha)
- Desvendar os mistérios sexuais do Pq.Halfed(-Q)
- Encontrar uma pessoa que me ame mais do que eu a ame.
- Ah, muitas outras coisas que não vêm a cabeça agora ou que não estou com paciência para escrever...Hum, resumindo, ser feliz né, aliás, a vida é curta demais...
E os 5 blogs que escolho para fazerem uma Lista de Bota são:
http://masoquismomental.blogspot.com/
http://mcaplicada.blogspot.com/
http://fowlbella.blogspot.com/
http://comgolpesdepincel.blogspot.com/
http://fragmentosdenuances.blogspot.com/
Desculpa novamente por repetir blogs =S
Anyways...Antes de morrer, desejo:
- Escrever, pelo menos, um bom livro.
- Escolher a profissão certa.
- Estudar música mais profundamente.
- Compor, pelo menos, uma música que preste.
- Conseguir, de alguma forma, ajudar pessoas menos favorecidas.
- Resolver um dos problemas do milênio do Instituto Clay.
- Demonstrar que Goldbach estava certo.
- Ganhar um Nobel.
- PhD em Pi. (haha)
- Desvendar os mistérios sexuais do Pq.Halfed(-Q)
- Encontrar uma pessoa que me ame mais do que eu a ame.
- Ah, muitas outras coisas que não vêm a cabeça agora ou que não estou com paciência para escrever...Hum, resumindo, ser feliz né, aliás, a vida é curta demais...
E os 5 blogs que escolho para fazerem uma Lista de Bota são:
http://masoquismomental.blogspot.com/
http://mcaplicada.blogspot.com/
http://fowlbella.blogspot.com/
http://comgolpesdepincel.blogspot.com/
http://fragmentosdenuances.blogspot.com/
Desculpa novamente por repetir blogs =S
domingo, 27 de junho de 2010
Querido garoto de lugar nenhum,
Enfim chegou o inverno. Ríspido e frio, assim como o quarto concerto de Vivaldi, o inverno golpeia nossas mentes, tinge a alma de azul e o assobio dos ventos nos faz adormecer. Garoto de lugar nenhum, o batear dos dentes ecoa todas as escuras manhãs como o Allegro non molto. A tristeza da estação Fá menor traz a introspecção. Sou agora o solista em meio a orquestra.
Às vezes sonho com o passado. Não sei por que, meu coração sempre acelera e perco o controle. Por dentro, estremeço. Talvez seja apenas o frio. Talvez seja apenas minha mente insana. Talvez seja nada.
Garoto, descobri que não vale a pena amar. Aliás, descobri que não existe o amor. Descobri que tudo que os velhos nos dizem é mentira. Descobri que a felicidade está apenas nos filmes. Aqui existe apenas a diversão. A vida não passa de diversão. Diversão que nos livra do sangue. Tudo é apenas uma grande e divertida peça teatral que nos distrai e faz esgotar o tempo. Deixar o tempo escorrer pelo ralo, de olhos vendados, é a saída para estancar. Talvez, garoto, nem exista a vida. Não, não ria de mim. Talvez tudo isso não passe de um sonho de uma pequena criança. Talvez eu não esteja aqui. Talvez você não estaja aí. A dúvida é cruel. Chega de suposições vazias e hipóteses maciças.
Garoto de lugar nenhum, não quero ferir ninguém. Não quero fazer ninguém chorar. Só você entende. Sei que está longe, insisto em escrever. Insisto em dizer que talvez não possa voar, desculpa. Insisto em dizer que aqui será sempre calorosamente invernal, claramente sombrio e lindamente feio. A vida é o maior de todos os paradoxos. Cansei de imaginar.
Garoto, ontem a noite andei quadras e quadras sozinho, sem rumo. A lua era única luz visível. Andei por horas, não havia ninguém nas ruas. Não havia janelas abertas nem luzes acessas. Não havia vozes, só o doce assobio do vento. Quando voltei, dormi profundamente. Flutuei por nuvens brancas. Andei por campos de morangos. Toquei em diamantes no céu. Vi a vida por cebolas de vidro. Voei através do universo. Sorri.
Nada vai mudar meu mundo.
Nada.
Às vezes sonho com o passado. Não sei por que, meu coração sempre acelera e perco o controle. Por dentro, estremeço. Talvez seja apenas o frio. Talvez seja apenas minha mente insana. Talvez seja nada.
Garoto, descobri que não vale a pena amar. Aliás, descobri que não existe o amor. Descobri que tudo que os velhos nos dizem é mentira. Descobri que a felicidade está apenas nos filmes. Aqui existe apenas a diversão. A vida não passa de diversão. Diversão que nos livra do sangue. Tudo é apenas uma grande e divertida peça teatral que nos distrai e faz esgotar o tempo. Deixar o tempo escorrer pelo ralo, de olhos vendados, é a saída para estancar. Talvez, garoto, nem exista a vida. Não, não ria de mim. Talvez tudo isso não passe de um sonho de uma pequena criança. Talvez eu não esteja aqui. Talvez você não estaja aí. A dúvida é cruel. Chega de suposições vazias e hipóteses maciças.
Garoto de lugar nenhum, não quero ferir ninguém. Não quero fazer ninguém chorar. Só você entende. Sei que está longe, insisto em escrever. Insisto em dizer que talvez não possa voar, desculpa. Insisto em dizer que aqui será sempre calorosamente invernal, claramente sombrio e lindamente feio. A vida é o maior de todos os paradoxos. Cansei de imaginar.
Garoto, ontem a noite andei quadras e quadras sozinho, sem rumo. A lua era única luz visível. Andei por horas, não havia ninguém nas ruas. Não havia janelas abertas nem luzes acessas. Não havia vozes, só o doce assobio do vento. Quando voltei, dormi profundamente. Flutuei por nuvens brancas. Andei por campos de morangos. Toquei em diamantes no céu. Vi a vida por cebolas de vidro. Voei através do universo. Sorri.
Nada vai mudar meu mundo.
Nada.
domingo, 25 de abril de 2010
Crimson Sky
Andando, tarde da noite, nas ruas frias e sujas me sinto vivo. O vermelho do céu penetra em meus olhos e me leva pra longe, suga meu ser e me expõe ao mundo.
Não posso simplesmente ignorar todo sentimento. Não consigo mais sorrir quando me machuca com indiferença. Não posso esquecer tudo que nunca foi e tudo que nunca será. Sei que a culpa é minha e nada posso fazer. Sei que o mundo é cruel e prejudica o sorriso de nossas vidas diminutas pela insignificância. Lamento se não pode viver nosso Éden de imagens e palavras. Tarde da noite, nas ruas frias e sujas, olho em seus olhos e sem mexer os lábios digo tudo que quer ouvir. E, sob o céu vermelho de sangue, guarde no fundo do alma e seja feliz.
Não posso simplesmente ignorar todo sentimento. Não consigo mais sorrir quando me machuca com indiferença. Não posso esquecer tudo que nunca foi e tudo que nunca será. Sei que a culpa é minha e nada posso fazer. Sei que o mundo é cruel e prejudica o sorriso de nossas vidas diminutas pela insignificância. Lamento se não pode viver nosso Éden de imagens e palavras. Tarde da noite, nas ruas frias e sujas, olho em seus olhos e sem mexer os lábios digo tudo que quer ouvir. E, sob o céu vermelho de sangue, guarde no fundo do alma e seja feliz.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Conspiração
A escuridão inundava minha alma com medo e desespero. Por todos os cantos, procurava, inutilmente, uma saída. Meus pensamentos se enchiam de dúvidas e incertezas. Onde estou? Pensar na solidão me atormentava. Ninguém para dividir os pensamentos. Ninguém para compartilhar o medo. Simplesmente ninguém.
Uma grande explosão e todos se viram. Era como se estivesse completamente só. Os olhares misteriosos e as vozes sem donos me faziam gritar e não emitir nenhum som. Me faziam chorar e não derramar uma lágrima. Me faziam correr para o infinito. Estava só.
Onde estão todos? Eles não existem. Nunca existiram. De repente, em meio aquele corredor escuro e sombrio descobri que tudo em que acreditava era mentira. Descobri que nunca houve ninguém. Descobri que estava encurralado. Estava despido. Estava sozinho. Com medo.
Quebrando o silêncio, passos ecoaram atrás de mim. Sem olhar para trás comecei a andar mais rápido. O intervalo dos passos diminuíram na mesma proporção. Comecei a correr. Corri o mais rápido que podia, ofegante, mas não era o suficiente. Logo minha respiração parecia falhar e os passos pareciam cada vez mais e mais próximos.
Uma parede que bloqueava o caminho me obrigou a parar. Um metal gelado encostou em meu pescoço e não pude olhar para trás.
O cano gelado da arma me pressionava contra a parede enquanto uma risada soava naquele ambiente sombrio.
Tudo não passa de uma grande conspiração.
O som não tardou muito.
Uma grande explosão e todos se viram. Era como se estivesse completamente só. Os olhares misteriosos e as vozes sem donos me faziam gritar e não emitir nenhum som. Me faziam chorar e não derramar uma lágrima. Me faziam correr para o infinito. Estava só.
Onde estão todos? Eles não existem. Nunca existiram. De repente, em meio aquele corredor escuro e sombrio descobri que tudo em que acreditava era mentira. Descobri que nunca houve ninguém. Descobri que estava encurralado. Estava despido. Estava sozinho. Com medo.
Quebrando o silêncio, passos ecoaram atrás de mim. Sem olhar para trás comecei a andar mais rápido. O intervalo dos passos diminuíram na mesma proporção. Comecei a correr. Corri o mais rápido que podia, ofegante, mas não era o suficiente. Logo minha respiração parecia falhar e os passos pareciam cada vez mais e mais próximos.
Uma parede que bloqueava o caminho me obrigou a parar. Um metal gelado encostou em meu pescoço e não pude olhar para trás.
O cano gelado da arma me pressionava contra a parede enquanto uma risada soava naquele ambiente sombrio.
Tudo não passa de uma grande conspiração.
O som não tardou muito.
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