Andando, tarde da noite, nas ruas frias e sujas me sinto vivo. O vermelho do céu penetra em meus olhos e me leva pra longe, suga meu ser e me expõe ao mundo.
Não posso simplesmente ignorar todo sentimento. Não consigo mais sorrir quando me machuca com indiferença. Não posso esquecer tudo que nunca foi e tudo que nunca será. Sei que a culpa é minha e nada posso fazer. Sei que o mundo é cruel e prejudica o sorriso de nossas vidas diminutas pela insignificância. Lamento se não pode viver nosso Éden de imagens e palavras. Tarde da noite, nas ruas frias e sujas, olho em seus olhos e sem mexer os lábios digo tudo que quer ouvir. E, sob o céu vermelho de sangue, guarde no fundo do alma e seja feliz.
domingo, 25 de abril de 2010
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Conspiração
A escuridão inundava minha alma com medo e desespero. Por todos os cantos, procurava, inutilmente, uma saída. Meus pensamentos se enchiam de dúvidas e incertezas. Onde estou? Pensar na solidão me atormentava. Ninguém para dividir os pensamentos. Ninguém para compartilhar o medo. Simplesmente ninguém.
Uma grande explosão e todos se viram. Era como se estivesse completamente só. Os olhares misteriosos e as vozes sem donos me faziam gritar e não emitir nenhum som. Me faziam chorar e não derramar uma lágrima. Me faziam correr para o infinito. Estava só.
Onde estão todos? Eles não existem. Nunca existiram. De repente, em meio aquele corredor escuro e sombrio descobri que tudo em que acreditava era mentira. Descobri que nunca houve ninguém. Descobri que estava encurralado. Estava despido. Estava sozinho. Com medo.
Quebrando o silêncio, passos ecoaram atrás de mim. Sem olhar para trás comecei a andar mais rápido. O intervalo dos passos diminuíram na mesma proporção. Comecei a correr. Corri o mais rápido que podia, ofegante, mas não era o suficiente. Logo minha respiração parecia falhar e os passos pareciam cada vez mais e mais próximos.
Uma parede que bloqueava o caminho me obrigou a parar. Um metal gelado encostou em meu pescoço e não pude olhar para trás.
O cano gelado da arma me pressionava contra a parede enquanto uma risada soava naquele ambiente sombrio.
Tudo não passa de uma grande conspiração.
O som não tardou muito.
Uma grande explosão e todos se viram. Era como se estivesse completamente só. Os olhares misteriosos e as vozes sem donos me faziam gritar e não emitir nenhum som. Me faziam chorar e não derramar uma lágrima. Me faziam correr para o infinito. Estava só.
Onde estão todos? Eles não existem. Nunca existiram. De repente, em meio aquele corredor escuro e sombrio descobri que tudo em que acreditava era mentira. Descobri que nunca houve ninguém. Descobri que estava encurralado. Estava despido. Estava sozinho. Com medo.
Quebrando o silêncio, passos ecoaram atrás de mim. Sem olhar para trás comecei a andar mais rápido. O intervalo dos passos diminuíram na mesma proporção. Comecei a correr. Corri o mais rápido que podia, ofegante, mas não era o suficiente. Logo minha respiração parecia falhar e os passos pareciam cada vez mais e mais próximos.
Uma parede que bloqueava o caminho me obrigou a parar. Um metal gelado encostou em meu pescoço e não pude olhar para trás.
O cano gelado da arma me pressionava contra a parede enquanto uma risada soava naquele ambiente sombrio.
Tudo não passa de uma grande conspiração.
O som não tardou muito.
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